Novo elemento para Dança do Ventre!
Surge mais um elemento para bailarinas de dança do ventre demonstrarem toda sua habilidade e graça: é o Véu Fita ou Ribbon Veil. Quando comecei a pesquisar sobre novas possibilidades de elementos a serem utilizados na dança do ventre, sempre tive uma tendência pela fita da ginástica ritmica, até que me deparei com a dança da fita chinesa mais larga e confeccionada em peça única de seda. Durante este trabalho encontrei diversos modelos, mas um em especial destacou-se pela proximidade com o véu Wings, muito utilizado na Bellydance atual, e tendo uma dominância maior do palco que as fitas da GRD.
Aquela época, 2009, o único registro que encontrei do uso desse “novo” véu na dança do ventre foi da bailarina norte-americana: Xiomara (USA) e depois, durante o período em que buscava convencer os ateliers para confeccionarem aqui no Brasil este elemento, surgiu o registro, em 2010, de seu uso pela bailarina Makarenko Oksana da Ucrânia. Contudo falta-me registro do seu uso por bailarinas de dança do ventre chinesa, pois é bem provavel que possa ter ocorrido anteriormente a essas bailarinas citadas. Em 2011 finalmente encontrei a artista plástica Marta Proença que confeccionou o primeiro Ribbon Veil no Brasil, e que hoje já é reconhecido e utilizado em todo país e na América do Sul, sendo confeccionado pelos mais conceituados e tradicionais ateliers.
A história do Ribbon Véu tem sua origem na época da “Dinastia Han” e atingiu seu auge na “Dinastia Tang”, é conhecida como “Cai Wu Dai Dao” na cultura chinesa, sendo associada à lenda de um homem chamado “Hsiang po” que salvou a vida do imperador, bloqueando a espada do assassino com sua manga. O povo, como gratidão, criou uma dança na qual os bailarinos seguravam fitas curtas em suas mãos, simbolizado a manga de “Hsiang po” para recordá-lo, demonstrando honra e respeito a ele. Durante a dinastia Tang sofreu ligeira alteração na sua forma e passaram a usar fitas mais longas e coloridas. Para dar mais efeitos alguns bailarinos adicionaram hastes de madeira, para criar desenhos mais bonitos como os movimentos de um dragão ou de um arco-íris. Estes movimentos das hastes vibram a fita acrescentando beleza e charme para a dança, fazendo-a parecer flutuar acima do corpo da bailarina.
Na dança árabe pode ser usada para realização de belas entradas em cena, ou mesmo durante uma apresentação completa, alternando-se entre os movimentos tradicionais da dança do ventre com o manejo do ribbon veil e seus belos desenhos, conquistando o espaço cênico com beleza e graciosidade. Sua maneabilidade remete muito aos Wings e lembra alguns dos movimentos do Poi Veil, requerendo habilidade da bailarina para não enrolar-se na fita e manter o equilíbrio nos giros que criam os movimentos mais lindos e difíceis.
Luiza Araujo Professora e Bailarina